A eficiência reprodutiva é o fator que, isoladamente, mais afeta a produtividade do rebanho. Ainda há muitos obstáculos para otimizá-la, ocorrendo perdas reprodutivas desde a concepção até o parto, destacando-se aquelas decorrentes das enfermidades infecciosas no pós-parto (BERGAMASCHI, 2010). As infecções uterinas têm grande influência nos baixos índices reprodutivos, sendo os partos distócicos e a retenção de placenta os principais causadores dessas infecções. (MATES, MIMBWI 1978).

A retenção de placenta é uma enfermidade caracterizada por uma falha do mecanismo de separação das estruturas que fixam a placenta ao útero da vaca (placentoma). É considerado retenção apenas quando a placenta demorar mais de 12 horas pós-parto para ser eliminada.

O manejo nutricional no peri-parto é muito importante para a prevenção dessa enfermidade, é comprovado que níveis adequados de macro e micro minerais, Vitamina E e Selênio, reduzem a incidência de retenção. Adicionalmente a redução do estresse é desejada, estudos mostram que o aumento de estresse nessa fase esta correlacionado positivamente com o aumento das doenças no pós-parto, inclusive retenção de placenta (WILTBANK., 2006).

 

Indicamos aplicações de 5 mL de Lactocina, por via intramuscular, associado a 500 mL de Turbo Cálcio, intravenoso, entre 12 a 24 horas após o parto, para estimular e dar força as contrações uterinas com consequente expulsão da placenta. Devido a contaminação uterina também é recomentado o uso de antimicrobiano sistêmico de amplo espectro e alta eficácia, nesse caso recomendamos o uso Diclotril durante 3 dias seguidos, na dose de 1 mL para cada 40kg de peso corporal, por via intramuscular.