Doenças respiratórias em bezerros

As doenças respiratórias são consideradas um sério problema de sanidade, causando grandes perdas econômicas devido aos altos índices de morbidade e mortalidade, sendo responsáveis por 10 a 40% das mortes em animais adultos e por 17% das mortes durante o período perinatal.

O sistema respiratório tem uma série de mecanismos de defesa que impedem que agentes infecciosos ou outras partículas cheguem aos pulmões e, quando isso eventualmente ocorre, esses mecanismos eliminam tais microrganismos, porém quando há falhas no mecanismo ou animal sofra alguma lesão, microrganismos se instalam desencadeando posteriormente uma doença respiratória.

Entre as doenças respiratórias que acometem os bovinos, as pneumonias são as mais frequentes e de maior gravidade, com quadros clínicos variando de crônicos até agudos e fatais (GONÇALVES, 2009). As doenças pulmonares nos bovinos podem ser provocadas por agentes químicos, físicos ou biológicos, determinando processos inflamatórios, independentemente do tipo do agente agressor (RADOSTITS et al., 1995). Alguns pontos são considerados críticos para a instalação da doença, como o estresse causado pelos fatores ambientais, a condição imunológica do animal e sua adaptação pós-natal e os agentes infectocontagiosos como os vírus, bactérias e parasitas.

A pneumonia bacteriana é a mais frequente e a maior causadora de mortalidades e perdas econômicas dentre as doenças respiratórias bovinas, acometendo principalmente animais jovens até os dois anos de vida, sendo a maioria até o desmame (CROWE, 2001). Os animais acometidos ficam apáticos, com respiração acelerada, tosse, secreção nasal e febre alta em torno de 40 a 41°. São sinais mais específicos de comprometimento do parênquima pulmonar a observação de dispneia mista, sons submaciços ou maciços à percussão e a auscultação de áreas aumentadas de ruído traqueobrônquico, broncobronquiolar rude e área de silêncio (Gonçalves et al., 2001).

Para tratamento dessa enfermidade é necessário o uso de antibiótico injetável afim de diminuir da transmissão da doença e incidência desta em outros animais, uma excelente alternativa é o uso de enrofloxacina. Como alternativa para antibioticoterapia, a J.A. Saúde Animal sugere o Diclotril, medicamento à base de Enrofloxacina e Diclofenaco de Sódio que combate as infecções bacterianas além de proporcionar efeito anti-inflamatório garantindo maior conforto e alívio animal.  O produto, além da apresentação de 50mL, tem de 250 mL ideal para uso em rebanhos e locais com maior incidência da doença.

Nos animais do Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí acometidos por pneumonia, utilizou-se o Diclotril como tratamento, na dosagem de 1mL por via intramuscular. O sistema de criação adotado pelo Instituto é o bezerreiro tropical, tendo incidência de 23,5% de animais acometidos. Depois do tratamento por 5 dias os animais já não apresentavam mais os sinais clínicos, os quais foram, principalmente, tosse (Figura 1), secreção nasal (Figura 2) e estertores na auscultação. Alguns animais tiveram febre entre 40 e 41°, cessando todos os sinais com uso da indicação da J.A. Saúde Animal.

Figura 1 – Animal apresentando tosse.     Figura 2 – Animal apresentando secreção nasal.

 

Autores:

Hugo Jayme Mathias Coelho Peron* (Professor do Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí).

Marcela Dutra Fernandes* (Graduanda do Curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Goiano)

*Parceiros do Projeto J.A Universidade.

 

 

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Referencias bibliográficas.

CROWE, J.E. Influence of maternal antibodies on neonatal immunization against respiratory viruses. Clin. Infect. Dis., v.33, p.1720-1727, 2001.

GONÇALVES, R.C.; KUCHEMBUCK, M.R.G.; et al. Diferenciação clínica da

broncopneumoniamoderada e grave em bezerros. Ciênc. Rural, v.31, p.263-269, 2001.

RADOSTITS, O.M., BLOOD, D.C., GAY, C.C., et al. Veterinary medicine: a textbook of diseases of cattle, sheep, pigs, goats and horses. 8. ed. London: Baillière Tindall, 1763p., 1995.

GONÇALVES, R.C. O Sistema Respiratório na Sanidade de Bezerros. Ciência Animal Brasileira, v.2, n.1, p.35-40, 2009.

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(1) Comentário

  1. Osvaldoro Rodrigues de Andrade.

    Excelente orientação e esclarecimento de que necessito. Muitas outras pessoas devem ter tido a mesma opinião pelo grande benefício coletivo.

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