Dentre as doenças respiratórias dos bovinos, as pneumonias são as mais frequentes, principalmente em animais jovens, geralmente até o desmame, havendo índices de incidência superiores a 15%. Por ser uma das principais causas de perdas econômicas na pecuária bovina é de suma importância que haja atenção em relação a gestão sanitária dos rebanhos (AMES, 1997; ANDREWS et al., 1981; HARTEL et al., 2004; CROWE, 2001; MAILLARD et al., 2006).
As pneumonias são enfermidades provocadas pela reação inflamatória decorrente da penetração de um agente infeccioso no trato respiratório inferior. O processo pelo qual a doença se desenvolve varia de acordo com os agentes e sua virulência, bem como a porta de entrada da infecção (RADOSTITS et al., 2002).
Vale salientar também que existem alguns tipos diferentes de pneumonias, sendo a pneumonia intersticial e as broncopneumonias os tipos mais frequentes. Para se ter uma ideia, somente a broncopneumonia é responsável por mais de 70% dos casos da doença. (ANDREWS et al., 1992; RADOSTITS et al., 2002, ANDREWS et al., 1992; REBHUN, 2000). A pneumonia intersticial causa uma inflamação pulmonar difusa, geralmente decorrente da inalação de toxinas ou infecções virais isoladas (WISKE, 1985; COTRAN et al., 1999). Já a broncopneumonia, é uma inflamação dos brônquios, bronquíolos, pulmão e também da camada que recobre o pulmão, ocasionada por infecções bacterianas e virais transportados pelo ar (RADOSTITS et al., 2002; GONÇALVES et al., 2001).
A origem da enfermidade está relacionada a um desequilíbrio na tríade dos três princípios básicos necessários para que haja uma infecção: microrganismo, animal e ambiente. Havendo a presença de um ou mais microrganismos patogênicos, associados a uma deficiência da imunidade do animal e a fatores ambientais predisponentes, a contaminação irá evoluir para uma infecção. Os fatores ambientais que favorecem o surgimento da pneumonia são a superlotação, mistura de animais de diferentes categorias, frio e calor excessivo, umidade alta, pouca ventilação, manejo alimentar inadequado, estresse de transporte ou desmame, entre outros (WALTNER-TOEWS et al., 1986; CALLAN e GARRY, 2002; SVENSSON e LIBERG, 2006).
Na pneumonia há diversos sinais clínicos, que podem variar de acordo com a localização da infecção. Dentre os principais sinais visíveis da pneumonia podemos destacar a tosse, secreções nasais, inapetência, apatia, entre outros. Existem também outros sinais que podem ser detectados em exames clínicos específicos feitos pelo veterinário, como por exemplo alterações nos sons pulmonares (HINCHCLIFF e BYRNE, 1991; GONÇALVES et al., 2001; RADOSTITS et al., 2002)
Quanto ao tratamento, é indicado o uso de antimicrobianos associados a anti-inflamatórios. O objetivo do tratamento, além de eliminar o agente causador, é reduzir a febre, a inflamação pulmonar e através da melhora sintomática, promover retorno rápido do animal as suas atividades produtivas e reprodutivas (MAZZUCCHELLI et al., 1995; REBHUN, 2000; RADOSTITS et al., 2002). Nesse contexto a J.A Saúde Animal sugere o uso de Diclotril, antimicrobiano injetável à base de Enrofloxacina, apresentando amplo espectro e alta eficácia no combate aos agentes infecciosos da pneumonia. Além da ação antimicrobiana, Diclotril possui o Diclofenaco de Sódio, anti-inflamatório que irá combater a inflamação pulmonar e promover maior bem-estar ao animal doente.